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Quem elegemos?
Quem elegemos?

 

 Quem elegemos?

 

                Tem hora que dá vontade da gente desistir de algumas coisas, tem momentos em que parece que algumas coisas não têm jeito ou a solução está bem distante ou nós estamos distantes da solução. Tá sujeito a baixar um desânimo ou mesmo um baixo astral ou até uma depressão por não termos a condição de vislumbramos uma solução a curto prazo em determinadas situações. E o que fazer?

                Entra governo e sai governo e algumas promessas não são cumpridas, a prioridade é de interesses pessoais e o coletivo tem ficado em segundo plano, outras vezes tem ficado de fora mesmo, caído no esquecimento.  E o que fazer?

                Não sou daqueles que colocam a culpa no governo em tudo, não tenho o costume de responsabilizar os governantes do nosso país pelas mazelas da vida, pois entendo que as coisas vem pelo empenho e desempenho de cada um, por um processo de plantio e colheita, dentro de um desígnio de Deus, mas não é sempre bem assim. Quando uma pessoa se candidata a liderar um povo, tem que ser fiel aos seus compromissos de campanha, afinal de contas só fora eleito pelas promessas feitas e os eleitores ficam aguardando seu cumprimento. Aqui vou escrever a respeito de uma dessas promessas. O fim das drogas.

                Será que tem alguém nesse mundo que imagina que as drogas são coisas de Deus? Será? Mas será mesmo? Não posso crer numa coisa dessas. Não é possível que alguém pense sinceramente que algo que tem o poder de destruir uma vida venha do Criador. Não consigo nem mesmo imaginar tal coisa. Então partindo do princípio de que fomos criados para evoluir,  um dia, como filho pródigo, voltaremos puros pra casa do Pai. Penso que esse raciocínio seja unânime em todas as religiões e também pregamos, enquanto religiosos a boa conduta, os bons costumes, a libertação dos vícios dentre outras virtudes.

                E pergunto o que realmente estamos fazendo para reverter essa situação. Estamos sendo prático nas ideias? Estamos pelo menos tendo alguma ideia? Ou estamos deixando nas mãos dos políticos ou Ong’s a elaboração de alguma solução milagrosa para o problema.

                Me dá uma tristeza quando vejo um menino de dez anos ou mais ou menos, sujo, enrolado em uma coberta, com as mãos encardidas e queimadas pela ponta de um cigarro ou pelo aquecer de um cachimbo de crack. Regresso e tento imaginar o momento do parto daquela criança, as dores e sensações que a mãe passou durante a gestação. O momento do nascimento quando nosso Pai enviou um espírito para ocupar aquele pequeno e indefeso corpo. Será que a mãe pensou, mesmo que inconsciente,  algum futuro para aquele filho? Será que vislumbrou uma saída para uma vida melhor pelas mãos de seu filho? E agora?

                Bem que temos nossos governantes para resolver essas questões. Pessoas gabaritadas e preparadas para esses desafios, com experiência inquestionável e certamente competentes para a resolução de questões tão simples quanto cuidar de crianças.

                Enquanto tudo isso acontece todos os dias, o dia todo, sem trégua, pois o vício é compulsivo e o abastecimento precisa ser permanente, nossos governantes estão em seus gabinetes, gastando fábulas de dinheiro, calculando como vão fazer para que as contas batam certinhas e os valores sejam zerados na prestação de contas. São tantos valores, despesas com pessoal, despesas com viagens de avião, combustível, alimentação e bla, bla, bla.....

                Ai meu Deus, quanta hipocrisia, quanta falcatrua, quanta falta de respeito, quanta irresponsabilidade. Quando penso no que acontece durante os jantares de alguns políticos me dá vontade de deixar isso tudo de lado e esquecer, cuidar de minha vida e pronto. Mas e minha consciência, como ficam meus princípios? É certo ser mais um dos coniventes dessa farra? Não. Não serei mais um dos indiferentes. Mas fico a pensar o quanto seria proveitoso utilizar meu mandato de deputado, senador ou mesmo presidente para fazer a diferença, e tornar-me alguém que fizera algo de especial. A pessoa que deu o início para a vitória dessa batalha. Sem esperar reconhecimento de ninguém, apenas me sentir realmente útil em meu mandato, mostrar aos meus eleitores, que não votaram em vão.  Trabalhar todos os dias da semana, se bem entendo, é pra todo o funcionário fazer. Cumprir horário também é uma exigência que precisa ser seguida por todos. Mas parece que eles são os patrões! Afinal de contas são eles quem criam as lei né? Então deveriam ser os primeiros a cumpri-las, certo?

                Mas convenhamos que a culpa não seja toda deles, pensemos direitinho e reflitamos que elegemos um palhaço de circo para ser nosso representante, um cantor, um pugilista, um jogador de futebol, um estilista, um pagodeiro, uma dançarina, um corrupto comprovado em outros mandatos, e tantas outras pessoas que não foram preparadas para o exercício dessa função. Não que esses profissionais não sejam elegíveis, mas depois não temos o direito de cobrar deles por aquilo que eles não estavam preparados. Afinal de contas: “se você não sabe o que um deputado faz, vote em mim que depois te conto, pois também não sei”, esse foi o slogan de campanha de um desses profissionais. Então relaxemos e aguardemos os resultados.

                Mas  e quanto a nossa juventude que está se perdendo pelas vielas das drogas? Bem, também não tenho uma solução milagrosa para esse mal, no entanto estou pensando no assunto e procurando fazer minha parte. Um dia com certeza descobrirei e contarei pra eles, já que parece que eles nem pensam no assunto.